A estrela estava a 26 mil anos-luz da Terra. Portanto a explosão ocorreu, em realidade, há 26 mil anos atrás e sua luz viajou esta mesma distância, chegando à terra a cerca de 140 anos atrás.
Uma imagem da G1.9+0.3 composta pela foto do Chandra tirada em 2007 (laranja) e pela do Very Large Array em 1985 (em azul). Crédito: NASA/CXC/NCSU/S.Reynolds et al./NSF/NRAO/VLA/Cambridge/D.Green et al.
Ela é uma supernova super nova. Com apenas 140 anos é a o objeto deste tipo mais jovem encontrado na nossa galáxia.Há pouco mais de um século atrás uma estrela explodiu criando um grande brilho em algum lugar do espaço. Ninguém percebeu, pois como ela estava próxima ao centro galáctico, sua luz foi bloqueada por densos gases é pó, e os astrônomos da época não enxergaram nada. Agora os telescópios de rádio na Terra e o Observatório Chandra de Raios-x, em órbita, fotografaram os destroços estrelares, revelando que ela é a remanescente de supernova mais jovem conhecida na Via Lactea.
O objeto ainda se expande para o exterior a um passo inesperadamente rápido de 48,3 milhões de km/h, ou seja, quase 5% a velocidade da luz. Esta rápida expansão mostra que o gás interestelar ao redor da estrela era tênue e não freou a remanescente como de costume.
Além dessa veloz expansão, a remanescente está crescendo mais brilhante nas freqüências de rádio: como é muito jovem ainda está se aquecendo.
O objeto foi observado pela primeira vez em 1985 pelo professor de física Stephen P. Reynolds, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA. Na época ele estimou que o objeto tivesse entre 400 e 1.000 anos de idade.
No ano passado o Dr. Stephen apontou o Chandra para a mesma remanescente, conhecida como G1.9+0.3. A imagem mostrou que o objeto estava consideravelmente maior (aproximadamente 16%), com relação a seu estado em 1985.As descobertas serão relatadas em duas revistas científicas: no The Astrophysical Journal e na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
A remanescente G1.9+0.3 anda é formada apenas de destroços da estrela que explodiu. Em remanescentes mais antigos o brilho surge por causa dos gases interestelares aquecidos pela onda de choque ao invés de pedaços da estrela morta.
“Você está podendo ver, em realidade, a pedra que fez os plash, e não a onda que ela forma na água”, disse Robert P. Kirshner, professor de astronomia de Harvard que não teve relação com o estudo. “Isso é uma morte estrelar, e seu corpo ainda está quente.A descoberta ajuda a preencher o déficit de supernovas em nossa galáxia, em que a taxa de explosões parece ser bem menor do que em galáxias espirais similares.
“Essa carência é um quebra-cabeças significante”, disse o Dr. Stephen. Ou os astrônomos não foram capazes de identificar as remanescentes ou a Via Láctea é, de alguma maneira, diferente.
“De qualquer maneira é muito interessante.”
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