O maior objeto descoberto no Sistema Solar desde a descoberta de Netuno, em, 1846, foi visto pela primeira vez em 2003, mas só agora foi confirmado que se tratava mesmo de um planeta. Batizado 2003 UB313, o "novo" planeta tem um diâmetro de 3 mil quilômetros, é composto em boa medida por rochas e gelo e é um pouco maior do que Plutão.
O planeta está, em relação ao Sol, uma distância duas vezes maior do que Plutão, numa órbita distinta que forma um ângulo com as órbitas de outros planetas. Os astrônomos acreditam que em algum momento da história do planeta, Netuno o lançou à sua órbitra, inclinada em 44 graus.
Atualmente o planeta está, em relação ao Sol, a uma distância 97 vezes maior do que a que existe entre a Terra e o Sol. Os autores da descoberta foram os cientistas Michael Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, Chad Trujillo, do Observatório Gemini do Havaí, e David Rabinowitz, da Universidade de Yale.
"Foi um dia incrível e um ano incrível. 2003 UB313 é provavelmente maior do que Plutão. É mais opaco do que Plutão, mas três vezes mais longe", disse Rabinowitz à BBC. Segundo o cientista, a descoberta mostra que há outros Plutões, "apenas mais distantes no Sistema Solar, onde são um pouco mais difíceis de ser encontrados".
O 2003 UB313 foi encontrado com o telescópio Samuel Oschin do Observatório Palomar e o telescópio Gemini North, em Mauna Kea. Outro responsável pelo estudo, Chad Trujillo disse à BBC que se sente extremamente sortudo de ter participado de uma descoberta "tão emocionante".
"Não é todo dia que alguém encontra algo do tamanho de Plutão ou maior." De acordo com os cientistas, as imagens captadas pelos telescópios mostram que a superfície do novo planeta é muito similar à de Plutão. O 2003 UB313 foi visto pela primeira vez em 21 de outubro de 2003, mas não teve nenhum movimento registrado até que fosse observado na mesma área 15 meses depois, em janeiro de 2005.
O corpo celeste tem um diâmetro de cerca de 3 mil quilômetros - 700 quilômetros a mais do que o de Plutão.
As medidas foram tiradas por uma equipe alemã que utilizou dados recolhidos por um telescópio espanhol e foram publicadas na revista científica Nature.
Se o 2003 UB313 entrar oficialmente na categoria de planeta, ele deve ganhar um nome inspirado na mitologia grega ou romana. Os astrônomos que observaram o corpo celeste pela primeira vez no ano passado, o apelidaram de Xena.
A categorização de um corpo celeste como planeta não é tão simples.
"Você pode ter uma distinção que diz que 'tudo o que é maior do que Plutão é um planeta', mas aí há risco de se encontrar quatro ou cinco desses objetos nos próximos anos e acabar se perguntando se 'você realmente queria criar 15 planetas'", disse Iwan Williams, da Universidade Queen Mary, em Londres. A seguir estão as fotos da grande descoberta!
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