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domingo, 21 de dezembro de 2008

Crise ou fim do capitalismo? Pago logo exijo!

A recente recessão econômica no setor imobiliário nos Estados Unidos não pode ainda ter seu real alcance analisado porque está em andamento, contudo, é muito expressivo o número de entusiastas que já vaticinam o fim do capitalismo, além da crise em si, tais profetas de plantão alegam que isto ocorrerá, sobretudo, porque a sociedade anseia por uma nova ordem econômica mundial. Será mesmo?

Primeiramente é preciso observar que o capitalismo não está perto do fim, e uma das razões é que dentre todos os sistemas econômicos que a humanidade já experimentou em larga escala, o capitalismo é o melhor deles. Com isto não estou afirmando que o capitalismo é o melhor sistema econômico já pensado pelos humanos, há várias utopias melhores, mas apenas que dentre todos os que já foram praticados ao longo dos séculos, ele é o que se mostrou com maior alcance para o maior número de pessoas. Lembremos do Império Romano, em que poucos eram os cidadãos e muitos os escravos.

Na Grécia Antiga, o berço da democracia ocidental, estimava-se que o número de homens livres em Atenas não passava de 5% da população total. Na Idade Média, em que o sistema econômico era o Feudalismo, a sociedade européia estava apoiada sobre os ombros dos servos que constituíam cerca de 90% do total da população. Dentre os suplícios impostos a esta classe de servos pelos senhores feudais, um deles era peculiarmente desprezível, tratava-se de um direito chamado de "primae noctis" (primeira noite, em latim) que consistia no fato de um senhor feudal poder ser o primeiro a desposar uma serva logo após seu casamento com outro servo. Ou seja, quando os servos se casavam era o senhor feudal quem passava a primeira noite de núpcias com a noiva recém-casada, e só depois deste ritual baseado em um "direito divino" de que apenas o proprietário das terras poderia derramar sangue nas mesmas, é que o noivo legítimo poderia reencontrar sua esposa. Imagine você, do dia de seu casamento, sendo forçado a entregar a esposa logo após as festividades na frente de seus convidados para o homem que usualmente já explorava seu trabalho forçado dia após dia nos campos.

Há algo parecido com isto na atualidade? Pelo contrário, atualmente as classes sociais não são segregadas em documentos escritos com o sangue do cordão umbilical, mas o mundo hoje se divide entre aqueles que sabem e aqueles que não sabem. Basta pensar nos dois homens (Larry Page e Sergey Brin) que criaram o site Google e hoje estão entre os que mais faturam no mundo. Eles emergiram do proletariado, por assim dizer (se quiser saber mais sobre eles pesquise no próprio Google). Depois é necessário analisar a essência da palavra "crise". Ela remonta ao grego antigo "Krinos" e significa literalmente transformação. Esta palavra era associada à metamorfose sofrida pelas lagartas no processo em que se transformavam em borboletas. Ou seja, crise é um tempo de mudanças, de alterações de axiomas, de substituição de paradigmas.

E isto não pode ser considerado algo negativo, talvez turbulento, desconfortável, mas nunca negativo. E quais são as crises do capitalismo? Penso que sejam essencialmente duas. A primeira é a substituição das matrizes energéticas. A segunda gira em torno da informação. Historicamente a informação e os meios de comunicação sempre foram controlados pelo Estado. Essas crises podem fortalecer ou modificar o sistema econômico, mas nunca eliminá-lo. Isto porque as pessoas que desejam o fim do capitalismo são as que já estão inseridas nele.

Como assim? Se você odeia o capitalismo e está lendo este texto, então você é um capitalista, pois não é descendente de família real e sabe ler (algo impensável na antiguidade). De fato aqueles que mais desprezam o capitalismo são os que mais desejam usufruí-lo em todos os aspectos. E se você ainda considera o capitalismo demoníaco e, no entanto, já fez ou recebeu uma única ligação telefônica em toda a sua vida, torça para que estas crises melhorem-o, pois você se beneficia do capitalismo, ao contrário dos mais de 80% dos habitantes deste planeta que nunca usaram um aparelho de telefone na vida!

Como assim? Se você odeia o capitalismo e está lendo este texto, então você é um capitalista, pois não é descendente de família real e sabe ler (algo impensável na antiguidade). De fato aqueles que mais desprezam o capitalismo são os que mais desejam usufruí-lo em todos os aspectos. E se você ainda considera o capitalismo demoníaco e, no entanto, já fez ou recebeu uma única ligação telefônica em toda a sua vida, torça para que estas crises melhorem-o, pois você se beneficia do capitalismo, ao contrário dos mais de 80% dos habitantes deste planeta que nunca usaram um aparelho de telefone na vida!

(Maurício Fernando Bozatski)

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