A equipe da Universidade de Yale realizou um estudo envolvendo 12 bebês de seis meses e 16 com dez meses, em que fizeram com que eles assistissem a uma animação com três personagens diferentes.
No desenho, um dos personagens tenta subir o que parece ser uma colina. Um segundo ajuda esse personagem, empurrando-o para cima da colina, e um terceiro o atrapalha, empurrando-o para fora.
Depois de os bebês assistirem à animação várias vezes, os cientistas mostraram a eles dois bonecos de madeira, um parecido com o personagem que ajuda o outro a subir e outro parecido com o que atrapalha.
O resultado foi que todos os bebês de seis meses e 14 dos bebês de dez meses escolheram o boneco do personagem “bonzinho”, que ajuda.
“Nossas descobertas indicam que os humanos realizam avaliações sociais num estágio muito anterior de desenvolvimento do que se pensava, e sustenta a tese de que a capacidade de avaliar indivíduos com base em suas interações sociais é universal e não depende de aprendizado”, dizem os cientistas em um artigo publicado na revista Nature.
“Nós não podemos dizer se é algo inato, mas podemos dizer que é algo pré-lingüístico”, disse a cientista Kiley Hamlin, que liderou a pesquisa.
“Nós não achamos que esses bebês têm qualquer noção de moral, mas parece ser uma parte essencial da moralidade sentir uma empatia por aqueles que fazem coisas boas e o contrário por aqueles que fazem coisas más – parece ser uma parte importante de um sistema racional e moral que virá depois.”
O fato de crianças tão jovens mostrarem sinais de inteligência social não surpreendeu Hamlin.
Segundo ela, os pais deveriam ter em mente que os bebês são capazes de perceber muita coisa sozinhos.
“Ainda com pouca idade, eles são eficientes criaturas sociais. Eles percebem quem é bom de se ficar junto sem muita ajuda.”
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que os bebês, nos seus primeiros seis meses, mostram uma predileção por outros bebês com base na aparência do rosto dos coleguinhas.
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