Minúsculas naves com uma carga que pode identificar e destruir tumores cancerígenos estão sendo testados em ratos e podem um dia trilhar a corrente sanguínea humana.
“Estas naves-mãe tem apenas 50 nanômetros de diâmetro, são mil vezes menores do que o diâmetro de um cabelo humano, e são equipadas com um conjunto de moléculas nas suas superfícies que as habilitam para descobrir e penetrar células cancerígenas no corpo”, explicou o bioquímico Michael Sailor, da Universidade da Califórnia, nos EUA. As nanopartículas brilham quando submetidas à luz negra (imagem acima).
Michael explica como estas naves microscópicas de destruição navegariam pelo corpo sem serem detectadas: “A idéia envolve agentes de encapsulação de imagens e drogas em uma ‘nave-mãe’ protetora que engana os processos naturais que normalmente removeriam estas cargas se estivessem desprotegidas.”
A idéia é outro importante passo em um amplo esforço dos pesquisadores em muitos campos nos anos recentes, todos com a mira nos tumores para entregar as drogas de maneira mais eficiente evitando o excesso e fazendo que cheguem dentro dos tumores, preservando as células saudáveis.
“Muitos medicamentos parecem promissores em laboratório, mas falham em humanos porque elas não alcançam o tecido doente em tempo ou em concentrações altas o suficiente para serem eficazes”, disse Sangeeta Bhatia, médico e bioengenheiro do MIT. “Estes medicamentos não tem a capacidade de evitar as defesas naturais do corpo ou discriminar os seus alvos do tecido sadio. Adicionalmente, nos faltam ferramentas para detectar doenças como o câncer nos estados iniciais de desenvolvimento, quando as terapias podem ser mais eficazes”.
As nanométricas naves de carga se parecem individualmente com um amendoim coberto de chocolate, no qual um lipídio biocompatível forma a casca 'achocolatada' exterior
Os cascos das naves foram criados com lipídios especialmente modificados (um tipo de gordura de armazenamento de energia) projetado para imitar os lipídios que cobrem as células naturais, permitindo que as naves evitem o radar do sistema imunológico do corpo. A construção camuflada foi testada em ratos, e as naves viajaram por horas antes de serem destruídas.
As naves foram preenchidas com medicamentos anti-câncer e óxido de ferro supermagnético e pontos quânticos fluorescentes. As nanopartículas de óxido de ferro permitem que as naves apareçam em escaneamentos feitos por equipamentos de Ressonância Magnética (RM), enquanto os pontos quânticos podem ser vistos pelo escaneamento de fluorescência.
“Podemos imaginar um cirurgião identificando um local específico de um tumor no corpo antes da cirurgia com RM, então, usando o scanner por fluorescência para remover todas as partes do tumor durante a operação”, disse Michael.
“Este estudo fornece o primeiro exemplo de um único nanomaterial usado simultaneamente para entrega de medicamentos e escaneamento múltiplo de tecido doente em animais vivos”, disse Ji-Ho Park, um estudante de graduação do laboratório de Michael, que participou da equipe.
A pesquisa, detalhada na revista científica alemã Angewandte Chemie foi financiado pelo U.S. National Cancer Institute, dos EUA. [LiveScience, DVICE]
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